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blogue do siman

escritor • crítico • diretor de teatro • editor

lluvias ácidas

Fevereiro 27, 2016

 

yo quería que fueras

más que agua dulce

yo quería que fueras

               mar

               pero

ya que tú no eres

te acepto

                              no, no te acepto

                                              suporto

 

yo quería que fueras

h u m o

que soplo y escupo

          y que vas a los más altos cielos

y se convirtiera en nube

     y lloviera

                         lluvia ácida

               — porque el amor es así —

               pero

ya que no eres

ya que eres lo que eres

te suporto

                              no, no suporto

                                          lo trago

 

yo quería que fueras

comida

sólo así me investirá

                                   de tú

          me satisfaría

               pero

ya que no eres

te trago

                              no, no lo trago

                                              como

............................................................................................

yo quería que fueras cama

y solamente así me tiraría en ti

así como soy

          y tú me descansaría

     y yo me llenaría

     sin pudor

               pero

como tu no es fantasía

te como

                              no, no te como

                                              vomito

 

yo quería que fueras

en mí

más que grito

          (gemido de dolor)

yo quería que fueras amor

               pero

como no eres...

                           te vomito

 

ojalá

h u m o

LLUVIA ÁCIDA

                               que viene

                                               pero pasa

yo quería

que fueras

la alegría de bañarse en lluvia

          que llena los ríos de agua dulce

          y aumenta la marea

                             amar es

                                  ...

Crítica teatral: "As aventuras do Super-Quixote", da Cia. Coletivo Aberto

Fevereiro 17, 2016

 

   As aventuras do Super-Quixote, de Léo Coessens, conta a história de um velho que, de tanto ler histórias de cavalaria, enlouqueceu e se autodenominou Super-Quixote. Mal sabem os desprezíveis adultos de coração que Super-Quixote está com tamanha sanidade que consegue ser do tamanho dos seus sonhos! Durante todo o espetáculo, martelou em minha cabeça a seguinte frase de Pessoa, na sétima parte de O guardador de rebanhos: “eu sou do tamanho do que vejo”, e ser do tamanho do que vê, ser do tamanho dos seus sonhos, hoje em dia, é um ato heroico.

   Com a ajuda de uma organização magnífica e um texto muito bem escrito, As aventuras do Super-Quixote passa uma mensagem renovadora ao espectador — seja criança ou adulto —: sonhar custa muito nos tempos de hoje, e devemos facilitar a vida dos que sonham e sonhar como eles.

   Os atores usufruem de forma única de uma mistura de emoções e momentos que deixa boquiaberto qualquer leigo, como eu, e, creio, qualquer crítico que não sou.

   Momentos engraçados e dramáticos, irreverentes e contidos fazem do espectador uma chave importantíssima pro desenvolver da peça, como o que sempre tenho dito: se o teatro não está em contato com quem assiste, não é renovador. Todos, até os mais insensíveis, comungaram das emoções dos atores e se entregaram à história de um velho sonhador que, de tão lúcido, parece até ser louco.

   Os maravilhosos atores Barbara Pavione, Camile Gracian, Gustavo Nascimento e Léo Coessens fizeram da história do Super-Quixote um deleite ininterrupto de sonhos reais, onde se refugiam os que estão cansados da rotina e as crianças que só querem mais tempo pra viver e sonhar conforme a roda da vida gira. E esta bola que o mundo é gira com a vida das crianças, dos adultos e dos chatos adolescentes — que não gostam de nada —, e traz, pra maravilha de todos, este magnífico espetáculo.

   Apesar de ser uma peça direcionada ao público infantil, As aventuras do Super-Quixote, impressionantemente, é capaz de seduzir e encantar pessoas de todas as idades.

 

   AVANTE!

los ojos que ya no ven

Fevereiro 10, 2016

 

los ojos que miran el mantel
están repletos de luz,
pero la luz no hace solamente ver
— la luz ciéganos con tu brillo
y nostros ojos lloran
procurando refugio en la negra noche.
 
los ojos que miran el mantel
no están más repletos de luz,
pero de trevas y pensamientos obscuros.
mis ojos miran la oscuridad
y direccionanme a ella,
como se yo fuese su hijo predilecto.
 
               (mis ojos traicionanme
               como los falsos amigos.)
 
y la cascada que se derrumba de mis ojos ahora
es sinónimo de pura satisfacción... o no.

ode ao olho do cu

Fevereiro 03, 2016

 

Gosto de cu de homem, cus viris, uns pelos negros ou aloirados à volta, um contrair-se, um fechar-se cheio de opinião.

— Hilda Hilst, "Cartas de um sedutor"

 

se acaso não me encontrares em minha morada de tijolos e cimento e tinta

procure-me em minha morada de carne, onde mora meu prazer

que não pisa na terra nem sente o chão        

que deleita-se em poços de amêndoa oleosa

onde penetra-se a língua e os dedos e a minha pica, que agora dorme

          e onde mora a vida que perde-se nesta fonte de inspiração?

          ninguém vê vida onde há

          e de choro e gozo e ar

          faz-se minha morada imaterial estática

          viril, que prensa-se, contrai-se decididamente

          e faz em deleite sua fraca opinião

 

moro onde mora minha língua no beijo dos deuses

e a grécia antiga chora pelo deleite que quero

e onde quero me deleitar em dias de guerra em atenas?

deleito-me em meus parceiros soldados

e suas ventosas chulas e rodeadas de pelos

onde encontra-se um desejo todo estranho, todo diferente

e difere-se da boca a bunda e da bunda a pica

e onde penetra-se e goza-se com o doce da língua

          é lá onde encontro a fonte da minha inspiração

          e do meu gozo que não cessa de deleitar-se

refletor

Fevereiro 02, 2016

a gustavo nascimento, luz em minha vida

guh.jpg

 

                    por onde andam as estrelas das luzes que acendem nas boates

                    ele reluz e brilha de forma maior, mais grandiosa

                    é lua, estrela frondosa

                    sol da meia-noite

 

refletor de luz em palco

esplendor a qualquer momento

terra e muro de socalco

reluz gustavo nascimento

 

          ele anoitece

                escurece

          só pra brilhar por inteiro

          vira fonte de luz

          paradeiro de sons

          e no palco ascendem-se os refletores

                    — ele é quem os fornece luz

                    como a lua fornece às estrelas

          e num espetáculo sem fim

          ele transita pra lá e pra cá

          num vaivém sem motivo

          e quem o vê fica boquiaberto

                    (não estão com sono

                    nem somente impressionados

                    estão tão impressionados, tão impressionados

                    que oferecem as estrelas do céu da boca

                    àquele que brilha no palco

                                                                 e na vida)

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